quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Faça Acontecer

               
          Pensando um pouco na maneira que a mulher é vista em nosso país e no mundo de maneira geral atualmente, podemos perceber que o machismo ainda impera, mesmo que seja de forma mascarada, mas pra mim, é de maneira escancarada mesmo e não só pelos homens, o machismo vem das mulheres mesmo. Isso é triste, mas tem jeito; tem um livro muito bom que acabei de ler a pouco tempo que discute esse assunto: "Faça Acontecer"de Sheryl Sandberg a mais alta executiva do Facebook, nele a autora fala das dificuldades que encontrou e ainda encontra para chegar e se manter no cargo em que está, por ser mulher e mãe. Ela fala que muitas mulheres optam por serem donas de casa, pois é isso que a sociedade exige e as mulheres que escolhem permanecer com suas carreiras profissionais não são bem vistas, ao contrário dos homens que são perdoados por não darem atenção à família por causa da profissão. Ela não desistiu de sua carreira mesmo após o casamento e depois de ter filhos, no livro ela relata as alegrias e tristezas dessa escolha; enfatiza que valeu a pena e incentiva as mulheres a seguirem seus sonhos, sua carreira profissional fugindo dos esteriótipos impostos pela sociedade.
"Os esteriótipos de sexo incutidos na infância são reforçados ao longo de toda a nossa vida e são como professias que, de tanto serem repetidas, acabam se realizando. Os cargos de liderança são na maioria ocupados por homens, e assim as mulheres não esperam alcançá-los, e esta passa a ser uma das razões pelas quais elas não os alcançam. Os mesmo se aplica ao pagamento. Os homens, geralmente, ganham mais que as mulheres, e assim as pessoas esperam que as mulheres ganhem menos. E então elas ganham." (Faça Acontecer - Sheryl Sandberg)
          Essas ideias machistas impostas à nós desde cedo dificultam nosso desempenho em todos os setores da vida, enquanto acreditaremos que não somos capazes seja do que for, não seremos mesmo e só saber disso também  não  adianta nada,  as  coisas  só  vão  mudar  quando  deixarmos  essas  ideias  de lado e agirmos diferente.  Uma  boa  maneira  de  iniciar  essa  mudança   é  não   propagar   essas   ideias,   chega   dessas "conversinhas"  entre   mulheres   que  diminuem  umas  às  outras, porque o mundo é assim mesmo, é assim, mas não precisa continuar sendo.
         Uma  leitura  inspiradora  e  o  melhor  é  que  ela é uma mulher como qualquer outra, tem seus defeitos, dificuldades,  inseguranças  até  hoje,  tá  certo  que  teve  algumas  facilidades, mas só chegou onde chegou porque  se  empenhou,  trabalhou muito e não desistiu. Todo mundo é capaz, chega de apontar o dedo para os outros e achar que a vida  de qualquer um  é  mais fácil que a sua, como diria Caetano Veloso: "Cada um sabe  a  dor  e  a  delícia  de  ser  o  que   é",  pois  na vida de  todas as pessoas  existem  dores e delícias o que muda também é a maneira que sentimos. Quem  se  interessa em grandes histórias, esse é um bom livro, na minha opinião todas e todos deveriam ler. Fica a dica. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Super Mulher

                                                                                         Desenho de Lângela Gomes
            A mulher da imagem alimenta o (a) filho (a), cozinha, se arruma, arruma a casa, estuda, malha, leva o mundo na cabeça e tudo isso fazendo “Slackline”(esporte praticado em cima de uma espécie de corda). Imagem bastante peculiar à muitas mulheres em nossa sociedade que gostam de ser as super-heroínas e depois ficam por aí reclamando que não aguentam mais.
            Que a mulher consegue fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo muita gente já disse, mas isso não quer dizer que ela faça mágica. As exigências feitas à mulher, muitas vezes, passam das possibilidades de qualquer ser humano. Trabalhar fora de casa, levar trabalho pra casa, pegar as crianças na escola, preparar a comida, arrumar a casa (e isso envolve muita coisa), lavar a roupa (mesmo que seja apenas colocá-la na máquina), estender a roupa, dar banho nas crianças, ajudá-los a fazer a lição de casa, arrumar a mochila deles, alimentá-los, tomar banho, comer, lavar a louça, ver os e-mails e fazer o trabalho que levou pra casa, se ela estuda, tem mais isso pra fazer e dormir... o que é isso mesmo? Ah, ela também tem que estar sempre bonita, então: academia, tratamentos estéticos, cabeleireiro, manicure e pedicure, maquiagem e ... cansei só de escrever tudo isso. Nós mulheres temos super poderes? Acho que eu nasci sem eles, porque não consigo fazer tudo isso ao mesmo tempo nem mesmo com bastante tempo, é muita coisa pra organizar sozinha e também, independente do que digam, eu escolhi não fazer tudo isso sozinha. Não quero parecer a super poderosa por esse mérito, quero ser feliz e fazer as coisas de que gosto. Há cada um os seus deveres, dividir as tarefas não é apenas justo, mas indispensável.
          Mulher, pare de querer ser “tudo” para agradar os outros e quem sabe assim os outros param de querer “tudo” de você. Ser apenas uma pessoa é bom, reconhecer nossas limitações nos torna mais humanas e verdadeiras, não, eu não consigo fazer tudo sozinha, que bom, tem tanta gente pra ajudar, já passou da hora de direcionar trabalho pra quem não faz, eu estou falando de marido, filhos e outras pessoas que vivem junto e só ficam na “folga”. Você pode ser o que quiser, mas seja uma coisa de cada vez, cuide de suas costas e de sua cabeça, divisão de tarefas não é maldade, trabalhar não faz mal a ninguém, o que faz mal é trabalhar demais. Quem não concorda comigo, tem todo o direito, só não pode reclamar depois.
        Você, super mulher, pode até ter capa só não vá tentar voar, porque dependendo da altura, a queda pode ser muito dolorosa. Mulheres são seres admiráveis, mas sofrem demais por aceitarem tudo, depois cobram daqueles a quem ajudou, mas na maioria dos casos quem foi ajudado não dá valor, pois nem ao menos pediu ajuda e quando pediu, acha que a mulher tem que fazer por obrigação.
           E essa coisa de querer ajudar todo mundo porque se é muito boa é coisa de gente vaidosa que quer aprovação, a melhor ajuda que podemos dar a alguém é ensiná-la (o) a fazer as coisas sozinha (o), nosso valor está em nós mesmas, precisamos nos desprender desses valores antigos que são falsos e não trazem benefícios pra ninguém se for para .abraçar o mundo, que seja por carinho e não para carregá-lo nas costas, levar tudo também é egoísmo, pegue o que lhe pertence e deixe o que não lhe cabe. Assim o mundo fica mais harmonioso, os(as) folgados (as) não vão gostar dessas mudanças, mas eles (as) aprendem, não somos quadrados, todos podemos nos virar.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Vida Maria

        Você acredita que a sua vida mudou muito em relação à vida que seus pais tiveram? Você tenta mudar em você mesma (o) as falhas que percebe na vida de seus familiares e pessoas mais próximas? Você trabalha para ter uma vida melhor do que foi a de seus antepassados? Na maioria dos casos acreditamos que sim, que tentamos tudo isso, mas será que essas tentativas têm dado certo? O que tem se perpetuado em nossa sociedade? E por quê essas coisas permanecem? Já parou pra pensar nisso? Padrão transgeracional é a continuidade de um mesmo padrão de vida de uma geração para outra, quando o padrão a ser seguido é bom, aí tudo bem, mas na maioria dos casos não é isso o que acontece.
           Assista o vídeo e entenda o que quero dizer...


                             


   
"Minha dor é perceber
Que apesar de termos

Feito tudo, tudo,

Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais..."
 Trecho da música: "Como nossos pais" de Belchior

         
             Não é só no Nordeste brasileiro que a vida se repete de mãe pra filha, mas em qualquer lugar do mundo isso pode acontecer. Para fugir disso é preciso muita coragem, vontade de vencer e ação. Que as novas gerações venham com essa garra e as que não são tão novas assim também trabalhem para mudar essas sina de quem nasce rico morre rico e quem nasce pobre morre pobre, e de que uns são melhores do que outros; porque o mundo não para, está mudando sempre e nós também. Seu presente e seu futuro é você quem faz. O que você acha disso?



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Movimento Feminista

          Já faz tempo que penso nas "questões femininas", nos "por quês" relacionados à mulher como: por quê ser discriminada, desvalorizada, vista como objeto e tratada como inferior ao homem? Entre outras coisas, não entendia bem o Movimento Feminista, pois conhecia mais versões negativas do que positivas em relação a ele, são essas versões que com maior frequência encontramos na mídia em geral em relação a esse movimento. Que feminista é aquela mulher que fala grosso (quero dizer como homem, sem discriminação com os timbres de voz), se veste como homem, se comporta como homem (copiando seus piores hábitos) que quer acabar com todos os homens e dominar o planeta no qual só viverão mulheres e eu não acreditava nisso. Então, resolvi pesquisar a respeito, porque percebi que a grande maioria das mulheres também não sabem ao certo o que foi ou é esse movimento.
         Na verdade, devemos muito à essas mulheres que cansaram de ser maltratadas e foram corajosas o suficiente para enfrentar os homens em busca de seus direitos. O Movimento Feminista foi dividido em três "ondas", a primeira teve início entre os séculos XIX e XX, a segunda nos anos 60 e 70 e a terceira na década de 90 até hoje, algumas das reivindicações eram: direito ao contrato, à propriedade, ao voto,  à autonomia e integridade do seu corpo, direito ao aborto, pelos direitos reprodutivos (incluindo a possibilidade de utilização de métodos contraceptivos e a cuidados de qualidade durante a gestação), pela proteção contra violência doméstica, assédio sexual, estupro, direitos trabalhistas incluindo a licença-maternidade e salários iguais aos dos homens e contra qualquer outra forma de discriminação. Elas lutaram e lutam até hoje por igualdade de direitos entre homens e mulheres, por liberdade de pensamentos e ações, para termos os mesmos tipos de oportunidades no que diz respeito ao estudo e ao trabalho e etc. A mulher tem grandes capacidades e questões de gênero não devem atrapalhar suas conquistas. Para saber mais clique aqui
            Àquelas que criticam o Feminismo eu pergunto: as reivindicações são válidas ou não?
           Que existem integrantes do movimento que são fanáticas e tem ideias extremistas eu sei, mas algumas não representam a totalidade, todo grupo com uma ideia comum em nossa sociedade tem aqueles que radicalizam, mas não são essas pessoas que me representam, sou a favor de justiça, o que não quero para mim também não quero para os outros, a luta em que acredito é para beneficiar a todos.
         No decorrer da história houveram algumas divergências nas opiniões, o movimento foi iniciado na Europa e América do Norte, por mulheres brancas de classe média e as outras que não faziam parte desses grupos sentiram-se excluídas o que deu início a protestos pela mesma causa, mas em grupos separados o que nos mostra que mesmo dentro de um movimento que visava igualdade de certa forma, discriminava de outra (tudo o que é humano, tem falhas). Isso é lamentável e o pior é que a mulher de pele morena e negra ainda é mais discriminada do que a de pele clara até hoje, mas esse é assunto pra outro post.
           O que quero enfatizar aqui é que apesar de muitas mulheres serem contra a "libertação feminina", mal sabem elas que se não fosse o Feminismo, talvez estaríamos como as mulheres do Oriente Médio que não podem nem sair sozinhas de casa, benditas aquelas que queimaram os sutiãs, foi um ato simbólico de "tirar as amarras". Não sabemos dessas coisas porque as novelas não mostram isso, mas mostram mulheres semi nuas seduzindo e sendo usadas por homens, pois é pra isso que as mulheres servem, somente pra isso. A mídia esconde as verdades que não lhes convém para nos deixar alienadas acreditando que o mundo é assim mesmo, malvado e que nada podemos fazer em relação às situações que nos desagradam, nos falam da superioridade masculina, mas para a dor de se sentir diminuída passar, vá ao shopping e estoure o cartão de crédito, pois é só isso que você sabe e deve fazer (nada contra compras, mas mulher é muito mais que isso).
         Ainda há muito o que fazer para conquistarmos a igualdade, mas isso só ocorrerá efetivamente quando as mulheres unirem-se, sem rivalidade, pela causa em comum e começarem a fazer a parte que lhes cabe, acredito que muitos homens são a favor disso, o que falta mesmo é a aprovação e a atitude feminina. Vamos continuar o que grandes mulheres começaram, pois o Movimento Feminista visa o bem estar de todos, visa a harmonia entre homens e mulheres e chega de "guerra dos sexos" vamos trabalhar pela paz de modo geral.